Serge Gainsbourg
Talvez só quem viveu na França de 1969, e nos anos de revolução sexual, seja capaz de entender o furor e o escândalo que causaram os gemidos de Jane Birkin na famosa canção “Je t’aime… moi non plus”, que ela gravou com Serge Gainsbourg — com quem se casou e teve uma filha.
O filme tenta dar a dimensão exata do que representou essa música, que ao longo das décadas se tornou uma espécie de hino do erotismo, e ainda da real extensão do carisma de seu autor.
Escrito e dirigido pelo desenhista Joann Sfar, o longa baseia-se numa história em quadrinhos de sua autoria, e até difícil de mostrar a complexidade humana de Gainsbourg, cujo nome de batismo era Lucien Ginzbourg nascido em Paris em 1928.
Eric Elmosnino, o ator que encarna Gainsbourg lembra bastante fisicamente, com seu nariz avantajado e quase caricato, transforma o artista num mito desde suas primeiras cenas. O filme de Joann Sfar conta tudo isso em belas imagens e simpatia por Serge Gainsbourg.
“Não são as verdades dele que me interessam. São as mentiras”, escreve o diretor na tela, antes dos créditos finais.
Belo filme, grande homenagem a Serge Gainsbourg, um homem talentoso que viveu intensamente, como queria.
Não dá para perder na grande tela...
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